Maria odila kahl fonseca

Uma vida dedicada aos arquivos.

Maria Odila é aprovada no vestibular de História. Jornal do Brasil, 16 jan. 1973

Maria Odila Kahl Fonseca nasceu no Rio de Janeiro, em 1953. Aos 19 anos, em janeiro de 1973, foi aprovada como discente do curso de História, da Universidade Federal Fluminense.

Recém-formada, em 1977 começou a trabalhar como pesquisadora do Centro de Pesquisa e Documentação em História Contemporânea da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC-FGV). Em 1981, foi convidada a integrar a equipe que Celina Vargas do Amaral Peixoto – criadora do CPDOC – formou ao assumir a direção do Arquivo Nacional. Maria Odila trabalhou no AN até 1988.

Maria Odila (4ª da esq. para dir. na primeira fila) no Seminário de Informática e Arquivos, em Otawa, Canadá, 1986 (Acervo Pessoal José Maria Jardim)
Curso ministrado por Fonseca, nos anos 1980. Tribuna da Imprensa, 30 jun. 1986

A partir de 1982, Fonseca passou a conciliar o trabalho no Arquivo Nacional com sua atuação como professora do Departamento de Documentação da Universidade Federal Fluminense. No final da década de 1980, antes de se dedicar totalmente ao ensino, Maria Odila passou pela Fundação Nacional de Artes Cênicas (Fundacen) e pelo Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC), sempre à frente de projetos arquivísticos.

Em 1996, Maria Odila Fonseca conclui seu mestrado em Ciência da Informação na UFF, com a dissertação Direito à informação: acesso aos arquivos municipais no Brasil. Anos depois, em 2004, a professora defende sua tese de doutorado – Arquivologia e Ciência da Informação: construção de marcos disciplinares – pelo mesmo programa de pós-graduação. O trabalho se tornaria seu primeiro e único livro.

"Arquivologia e ciência da informação", livro editado pela Fundação Getúlio Vargas, em 2005
Cartaz do Prêmio Nacional de Arquivologia em 2018 (Arquivo Nacional)

Maria Odila Kahl Fonseca faleceu prematuramente, em 3 de dezembro de 2007. O Centro Acadêmico do Curso de Arquivologia da UFF leva seu nome, como forma de justa homenagem. Para Paulo Roberto Elian dos Santos, devemos “reconhecer em Maria Odila Fonseca um espírito que conjugou imaginação e rigor nas pesquisas” (2018, p. 533). Em 2017, o Arquivo Nacional lançou uma premiação para pesquisadores intitulada “Prêmio Nacional de Arquivologia Maria Odila Fonseca”.